segunda-feira, 31 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Análise do Filme 300 como uma empresa!!!
Irei neste texto, tentar transformar o filme 300 em uma análise de como este seria numa empresa da vida real.
No começo do filme vemos o mercado selecionando apenas os melhores, aqueles que mais se prepararam e não tiveram medo de se dedicar e aperfeiçoar suas habilidades, ou seja, apenas os melhores alcançaram o triunfo de viver no mercado atual.
Logo depois, vemos os persas chegando e fazendo a proposta para que Esparta se submeta ao seu Rei-deus Xerxes, vejo isso como a globalização empresarial que começou a tempos atrás e que hoje tem uma força imensurável, como vimos o rei de Esparta teve a opção de se juntar a este grupo que já era o mais forte do mundo, porém ele não o fez, quando olhamos no mercado vemos que o presidente da empresa que recebe esta proposta, mas sabe que sua empresa é forte, tem ótimos funcionários, valores e uma cultura bem difundida e enraizada, deve pesá-la bem, pois apesar de se tornar parte de um grupo financeiro bem forte, ela vai sofrer as conseqüências em todo sua estrutura, perdendo tudo que foi construído até o momento.
Quando o rei de Esparta recusa a proposta e se prepara para entrar em guerra, ele busca os sábios das montanhas, trazendo para hoje, o presidente procura consultores e auditores, e o que vimos foi que estes sábios tinham se vendido aos Persas, sendo assim a mensagem que fica neste momento é que devemos ter muito cuidado com a consultoria que contratamos pois ela pode ser uma espiã do grupo que esta te enfrentando no mercado, ainda mais, se buscamos na consultoria o que já sabemos estamos desvalorizando o nosso capital intelectual interno, perdendo força interna.
Na preparação para enfrentar os inimigos, o Rei escolhe apenas os 300 melhores de sua tribo, pois sabe que estes não vão desistir facilmente, assim também é na empresa, devemos valorizar os melhores para que estes sejam hábeis e criativos nos piores momentos da empresa.
No caminho pra guerra ele une-se a outro grupo que não é tão forte, vale ressaltar que esta união não prejudicou sua cultura e seus valores, mas que, tinha também o mesmo objetivo contra este concorrente fortíssimo e que seria útil em uma das estratégias para tentar vencê-lo.
Quando a guerra começa, é posto em prática tudo que foi treinado por muitos anos, então, mostra que todo investimento em treinamento de funcionários nunca será demais, pois estes vão se tornar os pilares de sustentação da empresa em todos os momentos de dificuldades.
A motivação que o Rei oferece aos seus soldados motivações para animá-los a batalha, assim devemos fazer com nossos funcionários, dar palavras de incentivo a todos para que estes possam alcançar os objetivos empresariais e pessoais mais facilmente.
Outra coisa interessante a citar é como o Rei de Esparta desafia o Rei dos Persas, isso mostra confiança e aumenta o animo da equipe que o viu fazer isto, porém, pode haver efeitos contrários, como a raiva do concorrente tornar-se um motivador maior para equipe do mesmo.
Aqui chegamos perto do fim e vemos que devemos ter cuidado com todos os funcionários, desde mais competente ao mais fraco, pois todos detém informações cruciais que pode ser usada pela concorrência, no filme vimos que Elfiates o corcunda rejeitado de Esparta denunciou o ponto fraco da muralha espartana.
Vemos como a diplomacia deve ser fortalecida não só com palavras mas com contratos e normas, a rainha se entregou ao parlamentar e este a traiu na hora decisiva na câmera, porém se ela não tivesse pulso para matá-lo e mostrar que este era um traidor ela estaria desmoralizada, não estou dizendo aqui para sair matando todos mas, que tenhamos cuidado na hora de se unir a alguém.
No fim do filme vimos como os 300 homens espartanos foram aniquilados, porém, a morte deles não foi em vão elas motivaram todo o povo espartano e também os gregos, que agora lutariam juntos para vencer os persas, assim podemos ver que as vezes o sacrifício de alguns bons empregados pode despertar em toda a equipe um animo maior para vencer os seus concorrentes, é só o líder saber motivá-los de maneira correta.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Resenha - A máquina que mudou o mundo - por Clériston Moura
WOMACK, James P. – JONES, Daniel T. – ROOS, Daniel. A Máquina que mudou o mundo: Baseado no estudo do Massachusetts Institute of Technology sobre o futuro do autmóvel. Tradução de Ivo Korytowski. – Nova ed. Ver. E atual. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2004. 324 p.
Os três autores são membros do IMVP(International Motor Vehicle Program – Programa Internacional de Veículos Automotores) ocupando os seguintes cargos:
DANIEL ROOS, diretor do IMVP
DANIEL T. JONES, diretor do IMVP na Europa
JAMES P. WOMACK, diretor de Pesquisas do IMVP
Estes nunca haviam tentado escrever para uma audiência mais ampla, mas tiveram o apoio de Carpenter, Rees e Rawson, que tinham várias publicações acadêmicas e grande experiência, o que gerou uma ótima troca de informações que gerou este brilhante, não obstante, reconhecem também o apoio de outros pesquisadores que participaram do IMVP e colaboraram com 116 monografias que fundamentaram as pesquisas deles.
Os autores começam o livro, explicando as transições ocorridas nas indústrias automobilísticas, citando o começo com a produção artesanal, a primeira revolução logo após a 1ª Guerra Mundial com Henry Ford e Alfred Sloan, a produção em massa, e a segunda revolução após a 2ª Guerra Mundial com Eiji Toyoda e Taiichi Ohno, a produção enxuta, sendo esta o modelo que todas as industrias atuais estão buscando para melhorar sua produção, pois ela se distingue da produção em massa em seu objetivo final, o primeiro limita suas metas em tudo, e o segundo busca a perfeição. A PE é tão revolucionária que altera o modo dos trabalhadores, suas carreiras e seus desafios.
Logo após o capítulo introdutório, temos as explicações em capítulos das origens dos três tipos de produção existentes, começando pela artesanal, mostrando que no final do séculos XIX, a produção era individual, a empresa recebia a encomenda e trabalhava no projeto, não conseguindo fazer nem mesmo dois carros iguais, pois encomendavam as peças em oficinas pouco especializadas e ajustando os erros destas na produção do carro o que provocava vários carros diferentes de um mesmo modelo, chamado hoje de “susto dimensional”, e o mais interessante é que os operários trabalhavam praticamente em toda a produção do carro e que nenhuma companhia exercia um monopólio da produção, pois além de existir várias CIAs artesanais quase todas trabalhavam na produção de outras peças que nada tinha relacionados com carros. Porém, apesar de totalmente ultrapassada estas PA ainda existem no mundo atual.
Estas indústrias evoluíram para produção em massa (PM) após a primeira Guerra Mundial principalmente com Henry Ford que revolucionou a industria, apesar de começar como um mero montador de carros, criou o carro Tford que iniciou a produção em massa, além de substituir a mão invisível do mercado por uma mão visível, pois ele dominava toda a produção do carro, conseguindo, juntamente com a redução de tempo e gastos na produção, uma redução significante no valor final.
Mas, essa produção em massa tinha seus limites, como ela buscava a sinergia entre as empresas e até hoje nenhuma empresa nunca conseguiu, e ainda mais, o poder era centralizado em uma pessoa no topo quase quebram a Ford e a produção em massa junto.
Foi perto disso que Sloan e sua GM quase quebrada, conseguiu ver os erros da Ford e seus e reestruturar seu sistema administrativo para aumentar a competitividade com as outras organizações principalmente a Ford, mas não conseguiu mudar o chão de fábrica assim como sua concorrente, pois consideravam ambas, os trabalhadores como meras peças da produção, melhorando apenas no final dos anos 30, quando o sindicato dos trabalhadores lutaram pela igualdade e os direitos trabalhistas.
Em 1955 a PM chegou ao seu apogeu, amadureceu, mas foi neste ano também que começou a queda devido a várias importações que começavam a abocanhar o mercado, pois o conhecimento da PM tinha se ampliado no mundo e outras empresas a tinham adotadas, principalmente européias, que durou até meados dos anos 70, quando foram afetados pelos salários crescentes e jornadas de trabalho cada vez menores, com a PM em declínio só foi interrompida pelo surgimento no Japão de uma nova técnica de produção, a produção enxuta (PE).
Em 1950, logo depois da crise que quase quebrou a Toyoda, Eiji Toyoda, assumiu o controle da mesma, e resolveu, junto com seu engenheiro chefe Taiichi Ohno, enfrentar a MITI e revolucionar a produção de carros no Japão, assim estava nascendo a Produção Enxuta.
Ohno, que viajou a Detroit inúmeras vezes, descobriu que as industrias de PM possuíam vários processos com imensos desperdícios, quando voltou ao Japão, fez várias experiências e conseguiu mudar o sistema de produção totalmente e agora sim a PE estava criada, que atingia a produção, a compra (fornecedores, importante elemento do sistema de produção enxuta), desenvolvimento, vendas, etc.